Meu cabelo foi cortado pela última vez há nove anos. Nove anos. E, não foi um corte qualquer, mas um corte curto, logo acima dos ombros e abaixo do queixo. Àquela época, eu era uma menininha ainda, sem gosto estético, musical ou literário algum. Só sabia que o futuro me aguardava. Então, decidi testar algo novo: deixar meu cabelo crescer. E cresceu bastante! Chegou até a cintura. Não que eu fosse grande nem nada, mas o cabelo era. E as unhas também. E eram meu motivo de orgulho maior. (Sim, isso é realmente triste). Então, nove anos depois, unhas uma vez grandes, estavam cortadas. E cabelo, uma vez enorme, estava curto. Curto como nunca havia imaginado que ficasse novamente: acima dos ombros e abaixo do queixo. Se o cabelo era curto, a mudança não era tão pequena assim. A mudança havia sido enorme. Até pouco tempo, digamos há uns dois ou três anos, era simplesmente inaceitável para mim que uma pessoa gostasse de ter um cabelo curto e se sentisse bem dessa forma. Mas, graças aos céus (e ao tempo), minha percepção mudou e, assim, a coragem veio de fininho até me preencher completamente. E hoje estou aqui, de unhas cortadas e cabelo cortado. Ninguém acreditaria que isso fosse possível. E, às vezes, é tão bom surpreender as pessoas. E, principalmente, a si mesmo.
Não sou adepta ferrenha de mudanças. Na verdade, custo bastante a aceitá-las. E, de vez em quando, nem nelas eu acredito. Sou como aquele santo católico que "só crê quando vê". Só que a minha mudança atingiu primeiro o estágio interno. Mudei por dentro. Mudei meu pensamento, meus sentimentos, minha visão de mundo. Depois de tudo isso, tinha de externar essa mudança tão importante pra mim. E essa foi a maneira que encontrei. A mudança perfeita. Deixar pra trás o que é do passado. Cortar o mal pela raiz. Idéias novas pedem um "corpo compatível". E espero que essa minha mudança (ou amadurecimento) seja boa. Aliás, ótima. Hoje sou uma nova Celina. Muito prazer.
Não sou adepta ferrenha de mudanças. Na verdade, custo bastante a aceitá-las. E, de vez em quando, nem nelas eu acredito. Sou como aquele santo católico que "só crê quando vê". Só que a minha mudança atingiu primeiro o estágio interno. Mudei por dentro. Mudei meu pensamento, meus sentimentos, minha visão de mundo. Depois de tudo isso, tinha de externar essa mudança tão importante pra mim. E essa foi a maneira que encontrei. A mudança perfeita. Deixar pra trás o que é do passado. Cortar o mal pela raiz. Idéias novas pedem um "corpo compatível". E espero que essa minha mudança (ou amadurecimento) seja boa. Aliás, ótima. Hoje sou uma nova Celina. Muito prazer.



Idéias novas pedem um "corpo compatível".Essa frase me prendeu, pois passei um tempo em que meu interior dizia uma coisa, e o exterior discordava - um tempo de cabelo na cintura e unhas grandes. Me identifiquei muito com seu texto e, principalmente, com a libertação que ele transmite.
ResponderExcluirPrazer em conhecer a nova Celina!