domingo, 25 de janeiro de 2009

Obamania


Eu acredito no Obama. Acredito que ele trará a paz mundial, reverterá a crise do capitalismo, unirá os povos e perdoará as dívidas de todos os países do 3° mundo. HA HA HA! Fala sério! Mas, sem ironias, vocês realmente acreditam que Obama é o salvador do mundo? Não acham que ele prometeu demais? Ou, melhor: não acham que é esperado demais dele? Promessas de campanha são promessas de campanha, seja aqui nos confins do mundo, seja no "mundo civilizado". O que eu acredito, de verdade, é que ele vai tentar fazer alguma coisa, ao menos. Já começou bem com o lance de Guantânamo. Mas, não sei se ele será capaz de fazer tudo o que esperam dele. Ele não é Jesus Cristo, gente! E esse "endeusamento" em torno da figura dele é o que mais me incomoda. Aliás, ele também não é o plebeu que a mídia afirma veementemente. Ele é formado nas Universidades de Columbia e Harvard, extremamente requisitadas, famosas e, o mais importante, caras! É fato que ele conseguiu muitos feitos ao longo de seus 40 anos. Afinal de contas, ele foi o primeiro presidente afro-americano da revista Harvard Law Review. E, agora, o primeiro presidente afro-americano dos EUA, um dos países mais preconceituosos do mundo. Tiro meu chapéu, Obama! Porém, apesar dessas conquistas importantíssimas, não quero ser otimista em excesso. Desejo, com todo o meu coração, que ele faça ao menos um terço do prometido. Principalmente com relação ao Oriente Médio. E, mesmo que ele não faça muita coisa, seu governo será bem melhor do que o do antecessor, George W. Bush. Sobre este prefiro nem comentar, seus atos insanos falam mais do que minhas simples impressões. Só espero que ele não pense dessa forma e tente, realmente, fazer alguma diferença nesse mundo. Um passo já está dado, falta o caminho a trilhar. E, para isso, desejo boa sorte ao Barack.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Auto-ajuda ajuda?


Uma das características mais marcantes dessa nova era da globalização, sem dúvida, é a individualidade. Prova disso são os verbos imperativos (revestidos de conselhos) estampados em capas de revistas: "Faça, Compre, Perca, Ganhe, Leia, Viva!". São as relações interpessoais cada vez mais triviais e superficiais, muitas vezes regidas pelo dinheiro e posição social dos envolvidos. São as escolhas que temos de fazer: carreira, casamento ou os dois? Se você escolhe apenas um, fica incompleta, mas se escolhe os dois, não dá conta. São os filmes em que o herói solitário, que prefere a honra da solidão em detrimento do contato humano "excessivo", é elogiado e até mesmo imitado. São os valores como amor ao próximo, compaixão, generosidade e honestidade em supressão. Então, não se admira que, igualmente, a doença dessa nova era seja a depressão. Essa crença demasiada no poder do "faça você mesmo" nem sempre é certa. E ainda assim há quem tente se aproveitar disso e ganhar dinheiro. Mas, quem faz isso? Os autores de livro de auto-ajuda. Por isso, eu volto a questionar: Auto-ajuda ajuda? Ao meu ver, não.
Um livro com a promessa de inovação e resolução de problemas, mas que na verdade é apenas a mesma coisa que encontramos em todos os lugares, pra mim, pelo menos, não ajuda em nada. É um reforço dessa ordem geral e que continua a alienar e deixar o caminho aberto para mais e mais livros dessa natureza, que continuarão a não ajudar ninguém. Será que algum ser humano já se beneficiou de algum desses livros? Tá, tá, eu posso até estar sendo um pouco indelicada. Esses livros não são de todo o mal, não é verdade? O meu maior problema com eles é com a promessa. A promessa de mudança e de melhora. É o cinismo que encontramos neles. Porque o máximo que esses livros fazem numa pessoa é uma reflexão e, mesmo assim, uma reflexão superficial, que não ajuda em nada. Que não muda em nada. A pessoa lê, reflete um pouco e depois volta a fazer a mesma coisa, como se nada tivesse acontecido. Grande ajuda! Ah, e quer saber qual é o "segredo"? Não comprar esses livros!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sim, estou em crise

Dia desses estava quase dormindo quando parei e pensei: e se eu não for nada e esta vida não for nada? E se eu me preocupo à toa todos os dias? Será que tudo isso - sentimentos, objetos, arte - é mera ilusão? Não a ilusão cinematográfica, mas a ilusão ilusão. Aquela que você só percebe quando já é tarde demais e não há mais tempo pra voltar. E se não houver Deus, santos e anjos? Ou diabo, caídos e inferno? E se tudo for uma grande mentira? E quando eu digo tudo, quero dizer tudo mesmo! Eu, você, a internet, as letras, o oxigênio, as páginas, até mesmo isso que você está lendo! Quando penso nisso tudo, me dá calafrios. Quase perco o sono de vez. E daí eu penso na outra possibilidade: Se é ilusão, por que eu sinto tudo isso com tanta intensidade? O medo, a coragem, o ódio, o amor, o feio, o belo, a guerra e a paz serão ilusões? Invenções de uma mente maior? Não acredito. Isso tudo é tão... humano e real que a primeira possibilidade parece mais idéia conspiratória ou de criança. Não que seja completamente impossível, mas vocês já repararam ao mal que nos circunda dia a dia, hora a hora e minuto a minuto? Se ando pelas ruas da cidade, posso ser assaltada. Se fico em casa, posso morrer de calor (literalmente, depois desse tal de aquecimento global...). Se como, as gorduras trans me matarão aos poucos. Se bebo, o álcool degenerará meu cérebro e meu fígado ( e se bebo água, ela não está 100% limpa). Se durmo, sou vagabunda. Se procuro algo pra fazer, hiperativa. Se saio demais, baladeira. Se fico em casa demais, caseira (ou até mesmo careta). Não há nada seguro o bastante. Na verdade, não há nada seguro. O que fazer, então? Preferir que seja tudo ilusão e correr o risco de parecer maluca ou infantil. E, sim, estou em crise. Por quê? Por pensar nisso tudo e não conseguir nem sequer cogitar uma solução. O mundo está perdido, eles dizem. É, está sim e os humanos também, eu digo.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Feliz 2009!

Sim, eu sei, já são 3 (quase 4) de Janeiro e só agora eu desejo Feliz Ano de 2009 pra vocês (meus poucos, mas queridos) leitores. Desculpem-me, ok? De vez em quando tenho surtos de lentidão... hehehehehe...
Bem, enfim, como primeiro post desse ano, gostaria de falar sobre... nada. Isso mesmo, sobre nada. êne - a - dê - a. O negócio é que eu quero sim enrolar vocês porque não tenho nenhum assunto especial que eu gostaria de tratar. Já não quero mais reclamar (tanto), pelo menos nesse primeiro mês, vai. Essa pode até ser uma de minhas resoluções! Boa idéia... Aliás, pra que realmente serve essa tal de "resolução de ano novo" afinal? Por que as pessoas continuam insistindo em algo que sabem que não vão concretizar? Sinceramente, não faço a mínima noção. Talvez seja o tão famigerado "espírito de renovação" que ludibriam a todos nós e realmente acreditamos que conseguiremos realizá-los! Mas, aposto que na metade do ano ninguém nem ao menos se lembra do que havia planejado praticar durante o ano vindouro. E ainda sou capaz de afirmar que na metade do ano todos já estão tão cansados com a mesma vida, levada da mesma forma durante tanto tempo, que nem ao menos se importam com a resolução conquistada ou não. É o igualmente famigerado "espírito do conformismo" tomando conta de nós. Sim, detesto admitir, mas sou uma grande conformada. É chato. É feio. E é até vergonhoso de se admitir, mas o que posso fazer? Eu sou assim mesmo e não acredito que vá mudar... (e olha ela aí agindo novamente!). Não é que não acredite em mudanças... Mas, tenho enorme desconfiança quanto a essa palavra. Mudanças nem sempre são boas, e nem sempre acontecem. Meu Deus, eu realmente estou falando em conformismo e desconfiança no primeiro post do ano?
Gente, ignorem tudo isso que falei acima! Não comecem o ano concordando com nada do que eu disse. Esqueçam, sério mesmo! Além de conformada, desconfiada e "reclamona", também sou pessimista. E não é disso que vocês precisam ler como primeiro recado meu, não é verdade? Ou não! Um pouco de realidade (até parece ahuahuahuahauhaa...) é sempre bem-vinda, pelo menos pra mim. Então, não ignorem nada do que eu disse. Apenas reflitam. E tentem realizar as resoluções de ano novo. Pelo menos eu tentarei! ;)