quinta-feira, 30 de abril de 2009

O espirro do porco


Atual preocupação mundial, a gripe suína desbancou até assuntos como a crise financeira mundial ou a próxima medida do governo Obama. Desde o surto da gripe aviária, em 2005, o mundo nunca esteve em tamanho estado de alerta e pavor. E não é pra menos, afinal de contas, a OMS - Organização Mundial de Saúde - aumentou para o nível 5 o risco de pandemia da gripe. Vale salientar que o máximo é nível 6.

Mas, por que ela é digna de tamanho estado de alerta, a ponto da OMS declará-la como uma emergência na saúde pública internacional?
Primeiro, esta não é uma gripe comum. Apesar dos sintomas parecidos com os da gripe comum, como
cansaço, febre, fadiga, dores pelo corpo e tosse, esse vírus da gripe suína é forte e altamente mutável, ou seja, é capaz de matar e se modificar ao ser transmitida.
Segundo, ela é de fácil contágio e você nunca sabe se está contaminado ou se é apenas uma sinusite. Assim, o melhor a fazer é ir a algum hospital competente assim que o mínimo sintoma de gripe aparecer.
Terceiro, os remédios para combatê-la ainda estão em fase de testes, enquanto mais e mais pessoas contraem o vírus diariamente.
E quarto, já há suspeitas de contaminação em território brasileiro - a saber, Espírito Santo, Goiânia, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Fortaleza e Itapema. (Fonte: wikipédia)

Agora está entendido o motivo de tanta preocupação e alarme mundial? Admito que estou paranóica quanto à gripe. Graças à Juliana (sim, a culpa foi inteiramente sua! hahahaha, to brincando, mas teve uma parcela de culpa sim!) e à Band News, que parece não ter mais notícias senão a tal doença. E não é apenas noticiá-la para alertar, mas parece que a cada cinco minutos lembrar-nos de que estamos em pandemia não é suficiente. É preciso amedrontar a população!
Também acredito que essa gripe é um sinal de que o planeta está próximo ao fim. Não sei se alguém já percebeu, mas ultimamente, o mundo está com um tempo maluco (ora chove, ora faz um sol de matar, sem falar no aquecimento global), blecautes (aportuguesado mesmo), a água falta praticamente em dias alternados (e não estamos em regime de racionamento - além de que faltar água com a quantidade de chuvas que cai diariamente é no mínimo preocupante) e a tal da gripe suína. O que mais falta nos acontecer? Sinceramente, prefiro que esta pergunta não seja respondida.


quarta-feira, 22 de abril de 2009

O que você fez nesse feriado de Tiradentes?


Totalmente no espírito de martírio que o dia de Tiradentes provoca (ou não), resolvi aproveitá-lo descansando. Mas, é claro, que muito bem acompanhada: um livro, um controle remoto e, de vez em quando, um aperitivo (que pena que os aperitivos não estavam acompanhados =~~). E, foi assim, que descobri um filme simples, mas que em sua simplicidade me disse muito. Seu nome é Sob o sol da Toscana.

Sob o sol da Toscana fala sobre uma escritora, Frances Mayers (interpretada por Diane Lane), recém-divorciada e totalmente descrente com a vida, o trabalho e o amor. Uma amiga, na tentativa de ajudá-la a melhorar o baixo-astral, a envia numa excussão pela Itália. Lá, ela se encanta com o país, as pessoas e, principalmente, com uma casa precisando de uma reforma urgente. Compra a casa instantaneamente e, ao passo que a reforma ocorre, ela vai igualmente se "reformando", por assim dizer, redescobrindo sentimentos, valores e a si mesma. É essencialmente uma história de recuperação e redenção, afinal, é o que desejamos, finais felizes. Mas, o que importa aqui é o caminho percorrido, o reencontro de Frances consigo mesma. Se há desesperança? Há. Se há momentos em que ela se pergunta "what the fuck am I doing here?", ou, no bom e velho português, "que porra eu tô fazendo aqui?", também há. E a recuperação demora sim, assim como na vida real. Ela sofre desilusões e passa por altos e baixos durante toda a duração do filme e, quando acreditamos que ela vai acabar só, o “destino” nos surpreende. É como diz o nosso grande poeta paraibano, Ednaldo Pereira, "quem espera, na maioria das vezes, sempre alcança". Ou seja: tenha calma que, mais cedo ou mais tarde, o que é seu vai chegar. Só que antes você vai ter de lidar com uns sapos... literalmente! Afinal, não há redenção sem antes haver queda (s).

Essa mensagem pode até soar boba ou evidente, mas, encontrando-a num filme tão bonito como esse, torna-se quase uma pérola. E, afinal de contas, foi um bom feriado.


"Never lose your childish innocence. It's the most important thing."

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Rebelem-se, mulheres!

Estamos numa era de globalização intensa e enorme desenvolvimento de tecnologias de ponta, isso é fato. Porém, apesar de tamanho avanço, ainda há situações que parecem não perder o caráter arcaico: a iniciativa. Não, não estou falando da iniciativa privada ou algo que o valha, mas sim de iniciativa em relacionamentos, entre homens e mulheres. A opinião do senso comum, de que o homem deve ser o iniciador, o primeiro a “chegar junto”, é ainda fortemente difundida e aceita. E, dessa forma, uma garota evita ser a “iniciadora” de um relacionamento sob o risco de ser confundida e parecer “oferecida”, quando somente queria adiantar o inevitável. Além do senso comum, há o individual, o subjetivo. Muitas vezes, uma mulher está querendo tanto que aconteça que acaba sendo muito “direta” e assusta o homem. Ou, pior, espera até que o homem entenda os sinais e, finalmente, a convide pra sair (o que muitas vezes nem é entendido e acaba na total frustração da mulher). Afinal, o que há de errado? Será a falta de comunicação entre homens e mulheres, que os separa com um abismo intransponível? Ou será essa ideologia machista que afasta e reprime as mulheres “ousadas”?

No entanto, há aquelas que não se contentam com o senso-comum. São as mulheres independentes, tanto financeira quando emocionalmente. Elas não se preocupam com rótulos e simplesmente agem. Os “papéis” são invertidos: elas convidam, elas flertam, elas pagam. Destemidas e arrojadas, essas mulheres, pouco a pouco, estão revolucionando o modo de comportamento e de visão do “mundo do amor”. Se a mulher foi capaz de sair de casa, se inserir num mercado de trabalho predominantemente masculino e de escolher como e com quem deseja se relacionar, por que não buscar o que lhe desperta desejo? Por que esperar? Esperamos há tanto tempo que agora é o momento de, finalmente, agirmos. Se há rótulos, que caiam por terra. Se há resistência por parte do homem, busque outro. A frase de ordem é: se eles podem, nós podemos também.