domingo, 8 de novembro de 2009

Just dance!




Não lembro se já mencionei em posts anteriores, mas eu não sei dançar. Então, vocês devem imaginar o tormento que é, pra mim, ir a alguma festa. Qualquer festa. Mesmo entre amigos mais próximos, dançar (no meu caso, tentativa mal sucedida de dança) é algo de extrema dificuldade. E isso porque, Deus, como um grande humorista que é, só me dá amigos pés de valsa. Parece até um propósito: eles dançam, e bem, de tudo um pouco, seja homem ou mulher. Sim, isso é realmente muito engraçado, Deus. HA HA.

Mas, continuando a minha trajetória da dança, isso já é sabido desde que eu era uma criancinha feliz e serelepe. Minha mãe, tadinha, me comprava fantasias no carnaval, mas eu só pulava (ao som de frevo, claro!). Além disso, ela (e meu pai também ajudou nessa parte) comprava milhares de fitas k7 (as falecidas!) pra eu dançar em casa, mas o máximo que eu fazia era decorar as letras das músicas. Me matricularam no ballet. Um fracasso. Fiz dança na escola. Preciso dizer que foi uma experiência desagradável? Até tentei dançar num projeto gratuito do bairro, mas só pra confirmar o que neguei durante tantos anos: danço tanto quanto um cabo de vassoura, com a diferença de que um cabo de vassoura ainda serve pra alguma coisa. Sou tão flexível quanto uma barra de ferro. Tenho tanta ginga quanto gringo no carnaval carioca. O único molejo que eu conheço é aquele grupo com a famosa música da vassoura (valeu, Andréziiiiiiiin!).

Assim, é fácil assumir que minha vida social é bem limitada. NOT! Afinal de contas, não é uma coisa tão ridícula quanto não saber dançar que me impede de sair pra festas, shows e algo que o valha. Além do mais, sou nordestina e, pela cultura local, eu deveria, no mínimo, saber dançar forró, maracatu, coco e ciranda. No mínimo! Tá, ciranda, uma coisa bem atirei-o-pau-no-gato até que vai. Os demais, bem, basta dizer que nem vale a tentativa. Tentei aprender a dançar coco no Enecom 2009. Digamos que se minha vida dependesse disso, estaria no Boa Sentença há um bom tempo. Forró só vai no básico dois pra lá – dois pra cá. E sem relaxar, senão eu erro, piso no pé do meu par e é aqueeeela vergonha! Maracatu, devido a sua visível dificuldade, deixo a tentativa pra posteridade.

Porém, apesar disso tudo, sou persistente (teimosa seria mais apropriado). Sempre que vou a algum lugar com música, não tem jeito. Simplesmente não consigo ficar parada! Começo mexendo o dedão. Um passo pra frente, outro pra trás. Balanço a cabeça. Fecho os olhos. Dou um sorrisinho cúmplice. Pronto. Essa é a minha evolução. Mas, é claro que tenho uma carta na manga. Uma dança coringa, que serve pra todas as situações. Tá, é um passo completamente escrachado, mas faz as pessoas rirem e eu me divirto também. E acho que, no fim das contas (e da festa), é isso o que conta. Já que eu não sei nem andar (né, Luciano?), vou dançando como posso e sem perder o bom humor e a diversão.