Nunca fui das melhores no quesito "expressão". Sempre que quero dizer uma coisa, acabo dizendo outra e, pra desdizer essa outra coisa, fica muito complicado e aí eu desisto.
Por isso, prefiro me comunicar via escrita. No blog, ou por e-mail, ou até mesmo no msn. Nesses, eu posso apagar algo mal "dito" ou até mesmo dizer algo que não conseguiria pessoalmente. Apesar de achar o pessoal melhor e mais eficaz, o escrito me ajuda a externar tudo o que ferve dentro.
Tudo isso só pra dizer que sinto muito. Meu coração dói a cada batida, a cada ar que invade os pulmões e a cada encontrar de pálpebras. Não me sinto só, mas uma parte de mim definitivamente se foi. E uma parte que, até então, não sabia que faria tanta diferença em minha vida. E estou sendo extremamente sincera ao admitir isso. É vazio, é dor, é saudade. Principalmente saudade. Mas, também, alívio. Sofrimento que, finalmente, cessou.
Eu tinha conhecimento do meu egoísmo. Mas, não sabia o tamanho. Agora sei o quanto posso ser egoísta e não gostei nada disso. A gente se apega a pessoas, situações e objetos de uma maneira tão estranhamente macabra que dá... medo. Um certo tempo passa, a mistura de sentimentos vai acalmando e a clareza vai abrindo o caminho em meio a tanta tormenta.
Ainda não estou totalmente bem, longe disso. Mas, sei que vou melhorar. Vai demorar, mas vou sim. Ao menos o conforto já está em 50%. A falta danada é que vai demorar mais. Muito mais. E, pra isso, nem conforto há.
Mas, os amigos estão ajudando. Sei quem está comigo quando precisar e, a eles, serei eternamente grata.
Então, pra você, Pai, editei um poema lindo de um cara chamado Maiakóvski que conheci graças ao twitter (quem diria?) de uma garota brilhante. Segue:
Por isso, prefiro me comunicar via escrita. No blog, ou por e-mail, ou até mesmo no msn. Nesses, eu posso apagar algo mal "dito" ou até mesmo dizer algo que não conseguiria pessoalmente. Apesar de achar o pessoal melhor e mais eficaz, o escrito me ajuda a externar tudo o que ferve dentro.
Tudo isso só pra dizer que sinto muito. Meu coração dói a cada batida, a cada ar que invade os pulmões e a cada encontrar de pálpebras. Não me sinto só, mas uma parte de mim definitivamente se foi. E uma parte que, até então, não sabia que faria tanta diferença em minha vida. E estou sendo extremamente sincera ao admitir isso. É vazio, é dor, é saudade. Principalmente saudade. Mas, também, alívio. Sofrimento que, finalmente, cessou.
Eu tinha conhecimento do meu egoísmo. Mas, não sabia o tamanho. Agora sei o quanto posso ser egoísta e não gostei nada disso. A gente se apega a pessoas, situações e objetos de uma maneira tão estranhamente macabra que dá... medo. Um certo tempo passa, a mistura de sentimentos vai acalmando e a clareza vai abrindo o caminho em meio a tanta tormenta.
Ainda não estou totalmente bem, longe disso. Mas, sei que vou melhorar. Vai demorar, mas vou sim. Ao menos o conforto já está em 50%. A falta danada é que vai demorar mais. Muito mais. E, pra isso, nem conforto há.
Mas, os amigos estão ajudando. Sei quem está comigo quando precisar e, a eles, serei eternamente grata.
Então, pra você, Pai, editei um poema lindo de um cara chamado Maiakóvski que conheci graças ao twitter (quem diria?) de uma garota brilhante. Segue:
A SIERGUÉI IESSIÊNIN
MAIAKÓVSKI
Você partiu,
como se diz,
para o outro mundo.
Vácuo. . .
Você sobe,
entremeado às estrelas.
Nem álcool,
nem moedas.
Sóbrio.
Vôo sem fundo.
[...]
Olho -
sangue nas mãos frouxas,
você sacode
o invólucro
dos ossos.
[...]
Pare,
basta !
Você perdeu o senso? -
Deixar
que a cal
mortal
Ihe cubra o rosto?
Você,
com todo esse talento
para o impossível;
hábil
como poucos.
Por quê?
Para quê?
Perplexidade.
- É o vinho!
- a crítica esbraveja.
Tese:
refratário à sociedade.
Corolário:
muito vinho e cerveja.
Sim,
se você trocasse
a boêmia
pela classe;
A classe agiria em você,
e Ihe daria um norte.
E a classe
por acaso
mata a sede com xarope?
Ela sabe beber -
nada tem de abstêmia.
[...]
Agora
para sempre
tua boca
está cerrada.
Difícil
e inútil
excogitar enigmas.
[...]
O tempo é escasso -
mãos à obra.
Primeiro
é preciso
transformar a vida,
para cantá-la -
em seguida.
Os tempos estão duros
para o artista:
Mas,
dizei-me,
anêmicos e anões,
os grandes,
onde,
em que ocasião,
escolheram
uma estrada
batida?
General
da força humana
- Verbo -
marche!
Que o tempo
cuspa balas
para trás,
e o vento
no passado
só desfaça
um maço de cabelos.
Para o júbilo
o planeta
está imaturo.
É preciso
arrancar alegria
ao futuro.
Nesta vida
morrer não é difícil.
O difícil
é a vida e seu ofício.
À minha coisa preta com marrom e branca, inesquecível. Ficam os ensinamentos que, sim, foram muitos. Adeus, ou melhor, até logo.
Entenda o seu "até logo" como um simples e constante "boa noite" que tudo ficará mais tranquilo, mais saudável. porque no fim, as pessoas não partem, nós é que as deixamos partir.
ResponderExcluirlembre-se dos ensinamentos com muita saudade e orgulho, mas jamais com tristeza, porque é ela quem nos separa.